Fotos J. Miranda | | |
O plástico foi abandonado para o acabamento das capas. Em seu lugar entraram os laminados, que podem ter detalhes de verniz | Popular na França há tempos, a capa flexível, mais barata que a dura e mais resistente que a brochura, começa a ser usada aqui |
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Já há máquinas que tornam mais simples a produção da capa dura. Mas o mercado brasileiro ainda tem dificuldade para aceitá-la | Novos tipos de cola tornaram as brochuras mais robustas. Apesar da melhoria nos serviços gráficos, as editoras ainda recorrem a métodos artesanais - como na pintura das laterais deste livro |
"Entre as editoras brasileiras, uma das mais "vanguardistas" sempre foi a Companhia das Letras. Sua diretora de produção, Elisa Braga, afirma que atualmente é mais fácil produzir livros diferenciados. "Os serviços gráficos no Brasil deram um salto, até porque empresas estrangeiras vieram para cá. Existem mais técnicas disponíveis, com utilização difundida e barata", afirma. O acabamento das capas, por exemplo, mudou bastante. Antes, elas eram feitas quase que exclusivamente de plástico (que às vezes formava bolhas e se desgrudava). Hoje, o que mais se usa é a laminação, que pode ser fosca ou brilhante e receber detalhes em verniz. O resultado, que não aumenta o preço do livro, é mais agradável inclusive ao tato.
Outra novidade são as capas flexíveis, que ficam entre a brochura e a capa dura. Populares na França há um bom tempo, elas começaram a surgir no Brasil dois anos atrás. Só mesmo a capa dura ainda não "pegou" por aqui. Às vezes, até livros grandes, de arte e fotografia, não são feitos com ela. O motivo principal é o custo. A capa dura encarece um livro em cerca de 20%, e isso assusta o comprador brasileiro. Atualmente, uma única editora, a Cosac & Naif, mantém no mercado uma coleção de obras literárias encadernadas em capa dura. "Fizemos isso porque nosso público sempre foi um pouco mais elitizado", conta o gerente de produção, José Luiz Sousa. "Mesmo assim, tivemos de diminuir nossa margem de lucro para tornar a coleção viável."
Testes de laboratório
Desde 1998, os livros didáticos adquiridos pelo governo são submetidos a 43 experimentos no Instituto de Pesquisas Tecnológicas, em São Paulo. Veja dois deles:
Fotos Antonio Milena | ||
O aparelho page pull: quanta tensão uma página agüenta antes de se soltar | Análise de alvura e opacidade: para determinar se o papel favorece ou não a leitura http://veja.abril.com.br/120602/p_142.html |